quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ramiro Raimundo Presidente da Oleocom

Ramiro Raimundo, que estava desde 2007, no conselho fiscal do banco Finantia, apresentou a sua renúncia ao cargo numa carta data de dia 23 de Março, na qual alegava que a sua saída era justificada por motivos pessoais. Dois dias depois, a Silos de Leixões pediu a insolvência da Oleocom, empresa da qual o gestor é presidente executivo. No início de Abril, foi a vez do Banif pedir a insolvência pessoal de Ramiro Raimundo, uma vez que este é avalista de um empréstimo de cerca de 8 milhões de euros concedido pela instituição bancária à empresa.
Os accionistas da Oleocom, a maior importadora nacional de cereais com sede na Marteleira (onde possui uma linha de embalamento de óleos alimentares) e com uma unidade de fabrico de óleo de soja nas instalações da Valouro no Ramalhal, não sabem do paradeiro de Ramiro Raimundo, presidente do conselho de administração da empresa, que está incontactável desde Março.

Accionistas da Oleocom:
José António Santos dono do grupo Valouro e o irmão António José Santos detêm mais de 50%
Manuel Ferreira e Adelino Ferreira, accionistas e administradores da Promor, empresa abastecedora de produtos agro-pecuários
Ramiro Vieira Raimundo (20%) presidente do conselho de administração da empresa

Produção parada e 46 trabalhadores em risco de ficar sem emprego.
Devido à falta de matérias-primas e pelo facto de o seu administrador executivo estar incontactável desde 23 de Março, a actividade da Oleocom foi suspensa quer na fábrica de extracção de óleo de soja de Torres Vedras, quer na linha de embalamento que a empresa tinha também em instalações da Valouro, na Lourinhã.
A Oleocom tem dívidas superiores a 140 milhões de euros aos bancos, a quem recorria para obter financiamento para comprar matéria-prima, e a fornecedores, como a Silopor (1,3 milhões de euros), principal empresa portuária portuguesa de descarga e armazenagem de granéis de produtos alimentares.
A Valouro, reclama uma dívidas de "cerca de 10 milhões de euros, e a Silos de Leixões, reclama uma dívida que "ascende aos 500 mil euros".
A Oleocom importava cerca de um milhão de toneladas de cereais por ano, do total de quatro milhões importados por Portugal e em 2008 o volume de facturação foi de 412 milhões de euros.

SILOPOR - Empresa de Silos Portuário, S.A.
empresa estratégica em processo de privatização

Num país onde cerca de 85% dos cereais que se consomem são importados, os lucros da Silopor ascenderam a 2,1 milhões de euros.

As importações por via marítima totalizaram, em 2008, 4,7 milhões de toneladas através do porto de Lisboa, tendo a restante quantidade sido distribuída pelos portos de Leixões, Setúbal e Aveiro. Das importações marítimas, a Silopor continuou a deter uma quota de 52%.
A Silopor tem 150 trabalhadores e movimenta 62% das reservas alimentares portuguesas, passando pelos seus silos cereais directamente relacionados com pão, bolachas e massas e indirectamente relacionados com rações animais.

Terminal portuário da Trafaria dispõe de uma capacidade de armazenagem de 200.000 toneladas e é considerado um dos terminais de granéis mais sofisticado da Europa. Está equipado com 3 descarregadores pneumáticos com uma capacidade nominal de 3 x 1.000 toneladas por hora, implantados numa ponte-cais com capacidade para receber navios até 220 metros de comprimento, podendo dois deles ser operados em simultâneo.

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